Conheci Onilda em 1985, lembro-me que, na época, sua resilincia me chamou a ateno, logo nos primeiros contatos. Era viva de um tripulante da Varig, desaparecido em 30 de janeiro de 1979. Até hoje ninguém sabe o que aconteceu. Em meio a dor e as adversidades de todo tipo, ela sempre demonstrou coragem e fé. Ao longo desses anos, nossas afinidades e os laos de amizade se estreitaram. Tive o privilégio de acompanhar de perto, momentos alegres e extremamente difceis de sua vida. Desta forma, a Bblia nos diz. Prov. 17:17. "Em todo o tempo ama o amigo, e na angstia nasce o irmo?. Onilda, é uma irm gerada por Deus em minha vida. Sua generosidade e fidelidade sempre foram um blsamo neste mundo sem amor. De todas as provaes, que minha amiga passou, nenhuma se compara morte prematura de seu filho Maurcio num acidente trgico, em novembro de 1987. Em meio a sua dor e sofrimento, sua resignao e inabalvel confiana em Deus, dava a impresso, aos que com ela conviviam, de uma negao patolgica ou problema psicolgico. Era sobrenatural. O tempo provou que estvamos enganados. DEUS, apenas a estava conservando em paz, como prometeu em Filipenses 4:7. "E a paz de DEUS, que excede todo o entendimento, guardar os vossos coraes e as vossas mentes em Cristo Jesus?. Este livro levou treze anos, para ser concludo, tendo um alto preo. Escrito sob lgrimas, oraes e ao longo de quatro tratamentos de cncer. Quem l essas linhas, pode pensar até tratar-se de uma "santa?, nos moldes, como aprendemos nas aulas de catecismo, alguém sobre-humano. Mas no. Ela é santa sim. Mas no como a igreja define. Ela é separada para Deus. Ela sabe disso. Jesus nos ensinou que devemos nos aproximar de Deus, como crianas. Crianas confiam nos pais. Quem nunca brincou de saltar do alto, "lugar perigoso?, direto para os braos de seu pai ou me? A criana salta sem medo, sabendo que seu pai jamais a deixar cair. Onilda sempre soube que nunca esteve s, sempre saltou confiante para os braos do seu PAI em todos os momentos que a vida assim o exigiu. Cegamente, sabendo que nenhuma dor, que vivenciava agradava a Deus, que suas lgrimas doam mais, no seu amado PAI. DEUS, permitiu esse sofrimento, por algum motivo, ainda incompreensvel aos seus olhos. Esse tipo de relacionamento profundo de confiana que ela tem em Deus, forjado na alegria e na tristeza, sade e doenas, a compele de forma incontrolvel, a apregoar ao mundo, a absoluta e eterna fidelidade de Deus. II Te.3:3. "Mas fiel é o Senhor, que os confirmar e guardar do maligno.? Sal.100:5 "Porque o Senhor é bom, e o seu amor dura para sempre; a sua fidelidade estende-se de gerao em gerao. Helena R. Soria